Filme+Debate: Os desafios dos jovens estrangeiros e a sua integração

ASSISTIR FILME + DEBATE

Qui. 27 Jan, às 11h00, na Casa Comum (Reitoria da U.Porto) 

Entrada Livre | Não é necessário realizar reserva

Na próxima quinta-feira, é dia de abrir a nossa roda oficial de conversa para um debate importante. Quais as maiores dificuldades encontradas pelos estudantes estrangeiros aquando da sua chegada ao nosso país? Será a língua? Será a nossa cultura? Como podemos ajudar na sua integração? A partir do filme Boa Viagem, de Fabio Friedli, uma pequena animação que retrata as crueldades e dificuldades das travessias de pessoas que procuram uma nova vida noutro país distante, lançamos o debate (com o contributo de convidados especializados) com a intenção de chegar a respostas sobre como é que a comunidade pode participar na sua inclusão.

Paulo Pires do Vale
PNA
Paulo Pires do Vale, docente, ensaísta e curador é licenciado e mestre em Filosofia pela FCSH, Universidade Nova de Lisboa. Leciona na Universidade Católica Portuguesa, no Departamento de Arquitetura da UAL e na Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich, onde coordena
a Pós-Graduação em Práticas Artísticas e Processos Pedagógicos. Escreveu Tudo é outra coisa. O desejo na Fenomenologia do Espírito de Hegel (Colibri, 2006) e inúmeros ensaios para livros, revistas e catálogos de exposições coletivas e individuais, em Portugal e no estrangeiro, focando-se na relação entre arte, educação e sociedade.

Como curador, destacam-se as exposições Ana Vieira, Muros de Abrigo; «Tarefas infinitas. Quando a arte e o livro se ilimitamJúlio Pomar, Tratado dos olhos ;Ana Hatherly e o BarrocoDo tirar polo natural, ou ainda Inquérito ao retrato português.

Fez parte do júri de prémios como o Prémio Artes Plásticas AICA – Ministério da Cultura, Concurso de Apoios Arquitetura, Artes digitais, Artes plásticas, Design e Fotografia da DGArtes ou dos Concursos de Bolsas da Fundação Eugénio de Almeida. Foi Membro do Grupo de Consultores da Direção-Geral das Artes para a seleção de Lista de Curadores convidados a apresentarem propostas para Representação Oficial de Portugal na 58.a Bienal de Veneza, em 2019. Presidente da AICA – Portugal desde 2015.

Fuse (Nuno Teixeira)
Dealema

Fuse, Nuno Teixeira, artista oriundo de um dos mais antigos grupos de Hip Hop português – os Dealema. Com uma carreira de mais de 20 anos e uma extensa coleção de trabalhos editados, colaborações, palcos e projetos, Fuse conta com 4 discos editados a solo, a juntar um portfólio interminável de participações em trabalhos de outros artistas, não só do universo Hip Hop mas também noutros estilos musicais, como é o caso de colaborações com Holocausto CanibalA Velha MecânicaOrelha NegraMafalda Veiga, entre outros.

A par da música, o ensino especial torna-se um dos pilares do percurso de Nuno Teixeira. É em 2014 que inicia uma importante viagem na APPC – Associação do Porto de Paralisia Cerebral, onde dá aulas de Multimédia e Escrita Criativa.

Em parceria com a Câmara do Porto, inserido no CriArte Porto, Fuse inicia em 2021 o projeto HAPI – Habilidades Artísticas Para Incluir, onde marca presença como formador em quatro escolas públicas do Porto, numa missão de reacender a criatividade dos alunos através da arte, da música e da multimédia, criando assim uma sinergia entre os Centros de Apoio à Aprendizagem e a restante comunidade escolar.

Isabel Martins da Silva
Meeru

Descobriu o poder de viver ao serviço da comunidade, enquanto animadora do Grupo de Jovens da terra onde cresceu. O estudo do Direito ajudou-a a descobrir que é possível escrever uma história do mundo mais humana, quando as leis são um serviço concreto a cada Pessoa. A pós-graduação em Direitos Humanos fê-la descobrir que não há histórias únicas e que existem sempre diferentes formas de contribuirmos para a solução de tantos problemas complexos. Em 2016 tropeçou nas dores e nos sonhos de uma família síria refugiada em Portugal. Desde aí integrou 2 missões humanitárias da Plataforma de Apoio aos Refugiados, na Grécia, num trabalho de educação, empoderamento e inclusão de pessoas refugiadas. Em 2019, foi uma das fundadoras da ONGD MEERU | Abrir Caminho, na qual é atualmente Diretora de Comunidade e coordenadora do Projeto MEERU Aproxima, que visa promover a coesão comunitária e o sentimento de pertença de famílias refugiadas e migrantes a viver em Portugal. É estudante do Mestrado em Direitos Humanos na Escola de Direito da Universidade do Minho. Determinada em transformar em realidade os sonhos do mundo à sua volta, vive sempre desassossegada, mas firme na certeza de que é possível vivermos juntos, em igual dignidade.

Dr. Fátima Vieira
Universidade do Porto

Fátima Vieira é Vice-Reitora para a Cultura da Universidade do Porto e Professora Associada com Agregação da Faculdade de Letras, onde ensina desde 1986. Contemplada com o Prémio Larry E. Hough, da associação canadiana e americana Society for Utopian Studies, foi Presidente da Utopian Studies Society/Europe entre 2006 e 2016. É Coordenadora do polo do Porto do CETAPS/Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies, onde lidera o projeto de investigação Mapping Utopianisms.

Daniel Floquet
Estudante Universidade do Porto

Daniel Floquet graduou-se em Letras-Literatura pela Universidade Federal do Ceará em 2007, seguindo para a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) em 2008 onde concluiu o mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes com a dissertação A Pulverização das Dicotomias em Myra, de Maria Velho da Costa. Atualmente, prepara a tese de doutoramento O Sangue Puxa o Sangue: Representações da Violência em Maria Velho da Costa e Edna O’Brien, também na FLUP, com o apoio de uma bolsa de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (SFRH/BD/129705/2017).
É investigador não-doutorado integrado do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (ILCML) e colaborador do CETAPS, unidades de investigação ligadas à Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Tem experiência no ensino como professor de Língua Portuguesa e Literatura.

Joana Félix
PNA

Maria Joana de Melo Ferreira Félix nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1969. Licenciou-se em Desporto
e Educação Física na Universidade do Porto em 1992, tendo concluído na mesma Universidade um Mestrado e um Doutoramento em Ciência do Desporto nos anos de 1996 e 2002, respetivamente.
Ao longo dos anos fez diversa formação complementar nas áreas da Dança, do Corpo no Espaço Cénico e do Teatro. Em 1991 iniciou a atividade docente de Educação Física e Dança no ensino público. Em 2002 começou a lecionar também uma Oficina de Teatro e Expressão Corporal, que lecionou
até 2018. Criou, em 2004, um clube de teatro escolar, ainda em atividade. Foi docente no Instituto Universitário da Maia entre 2002 e 2012. É formadora acreditada da Formação Contínua de Professores, dinamizando diversas Oficinas de Formação e Workshops na área do Teatro-Educação. Tem no seu currículo mais de duas dezenas de encenações de teatro, quer em co-autoria quer a solo. Em setembro de 2021 passou a integrar a equipa do Plano Nacional das Artes, com a função de coordenação intermunicipal na Área Metropolitana do Porto, CIM Terras de Trás-os-Montes e CIM Tâmega e Sousa.

O filme que inspira este debate, Boa Viagem, de Fabio Friedli, pode ser visto na sessão de curtas metragens PONTES E FRONTEIRAS (+8 anos).

Para este debate, o IndieJúnior Porto contou com a colaboração do PNA e da Reitoria da Universidade do Porto.